quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A minha irmã

A minha irmã tem uma Rosa que nasceu dentro dela
A minha irmã já teve um besouro uma semana dentro de uma meia
A minha irmã já bateu com portas na cabeça ao acordar
A minha irmã teve o primeiro chilique num banco
A minha irmã continuou a ter chiliques durante um curso que não era o certo
A minha irmã já foi emigrante ilegal
A minha irmã usou um traje em tempos que não sorria
A minha irmã preocupa-se demasiado com os outros
A minha irmã levou um estalo do meu braço ensanguentado e partido
A minha irmã é minha
A minha irmã não consegue sentar-se sem bater nalguma coisa primeiro
A minha irmã sempre foi boa aluna
A minha irmã é mais forte do que toda a gente pensa, incluindo ela mesma
A minha irmã fazia arroz de salsichas picantes quando éramos miúdas
A minha irmã partiu o dente da frente a defender-me de uma miúda que atirou agua para dentro do meu gelado
A minha irmã comeu frango à homem das cavernas comigo
A minha irmã saiu de mota de madrugada à minha procura e viu nas valetas
A minha irmã riu-se quando me encontrou na cama com um rapaz mesmo sem saber que era só porque não havia outro lugar
A minha irmã assumiu os caracóis quando decidiu ser feliz
A minha irmã abana os bancos do cinema quando chora
A minha irmã deixa que os outros falem sem falar ela que está longe
A minha irmã fez a cama do meu filho no dia em que ele foi para casa pela primeira vez
A minha irmã viu o primeiro sorriso do T comigo
A minha irmã tem uma Rosa que nasceu dentro dela

Sinto a tua falta diariamente. Mas não to vou dizer.

O dia em que impedi o primeiro-ministro de se constipar...(versão oficial)

Versão dos divergentes (punível com acção disciplinar e como tal contada apenas aos elementos da família mais próxima): O dia em que me devia ter despedido, mas não pude porque tenho de continuar a pagar a escola dos filhos, a prestação da casa, o arranjo do carro, a segurança social, as contas do gás, a ida ao dentista........



A noticia era o gasto do governo em inaugurações milionárias. Passou depois a uma inauguração que não vi nem me interessa saber onde foi. A noticia do telejornal era esta. Mas devia ser outra. Ou outras, porque de facto são muitas, ou podem ser muitas.

Alguém viu? Se sim, por favor digam-me que eu não vi um homem no meio do chão a impedir o vento de entrar na tenda onde o PM se encontrava.

Por favor digam-me que não. É que até pode dar vontade de rir. É tão absurdo, que sim, pode ser essa a primeira reacção. Mas é demasiado grave para não se ficar furios@. Extremamente furio@.

O mais óbvio era falar aqui do desrespeito atroz por esta minha geração que ficará para a história como a geração dos 500 euros, a geração dos recibos verdes, a geração da total incerteza, a geração dos desempregados que nem numero de estatística são...

Mas aqui a palavra é outra. A palavra é poder. O poder que a entidade patronal (seja ela qual for) tem sobre pessoas que por e simplesmente não têm alternativa. E esse poder aumenta. Lentamente. Ás vezes menos lentamente, mas a aumentar assustadoramente, sob a forma de uma aparente liberdade e o aval de um estado que não só tem memória curta, como teima em branquear uma história que precisa de ser contada. Caso contrário, não só iremos produzir seres acéfalos e medíocres, num país cinzento e de pensamento robotizado, como voltaremos atrás 35 anos, deitando por terra a luta e a esperança de um mundo melhor.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pirata


Tenho um pirata em casa... FORTE e GRANDE... com chupeta, babete e um boneco de um polvo que a bisavó teima em chamar lula.


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Carnaval


Não há nada como ter miúdos em casa... começa-se a gostar de coisas que nunca na vida nos passaria pela cabeça gostar... ou aceitar... ou mesmo conceber que fosse possível.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Não é mesmo normal.. e não sou eu quem o diz


Não tenho tempo, mas queria aqui deixar esta imagem. É das poucas coisas que posso desejar ao cardeal José Saraiva Martins.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Estricnina
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Estricnina
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Estricnina
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Gosto do nome

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

vovó


A louise bourgeois é a vovó... segundo o T. A vovó não sabe...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Conta-me histórias...



- Contas-me uma história?

- (aceno com a cabeça)

- Conta lá... era uma vez...

- É umevez um poquinho.

- Um porquinho?

- chamava-se mamã

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Inicio

Ok, criei um blog
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Mas agora não me apetece escrever.